UFSC perde reitor comprometido com a política pública de comunicação

03/10/2017 17:37

A Agência de Comunicação da UFSC, ao resgatar sua política pública de comunicação, pauta sua atuação profissional em cima de valores como autonomia, comprometimento, cooperação, equidade, ética e transparência e pluralismo. Trata-se de uma receita que voltou a ser implementada a partir de maio de 2016 após quatro anos de estagnação.

Foi justamente com o início da nova gestão, liderada pelo reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo e pela vice-reitora Alacoque Erdmann, eleitos em novembro de 2015, que a Agecom voltou a recuperar esses valores, o status de direção administrativa que lhe havia sido retirado e o locus que lhe era devido na divulgação institucional da universidade.

Um valor em especial, o da autonomia, tinha importância estratégica para Cancellier, porque não significava que as pautas jornalísticas tinham que ficar atreladas ao Gabinete do Reitor, mas sim à instituição, à UFSC. Com experiência nas lidas diárias do jornalismo, repórter e editor que foi, levava muito a sério um princípio básico do Jornalismo, o do contraditório: contar os dois lados de uma mesma história.

Questionado certa vez sobre como a administração avaliava a relevância da autonomia da comunicação para o desenvolvimento da UFSC, sua resposta foi direto ao encontro da missão essencial da Agecom: exercer a gestão da comunicação pública da Universidade Federal de Santa Catarina e socializar informação e conhecimento, a fim de contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática e com qualidade de vida.

Corroborando com a política pública, para Luiz Carlos Cancellier o reitor não precisava e não precisa de uma assessoria de imprensa. A comunicação deve existir para divulgar projetos, intercâmbios, artigos que podem ser notícias positivas e que são divulgadas minimamente. “Se pensar que há 110 cursos, há pauta para todos os dias na área da pesquisa, da inovação, da cultura e do ensino. Hoje em dia, com as redes sociais, todo mundo é uma fábrica de notícias”, argumentava.

Ao arrancar a Agecom de um limbo institucional, Luiz Carlos Cancellier de Olivo resgatou também o profissionalismo e a autoestima dos mais de 20 colaboradores da agência, entre jornalistas, designers, fotógrafos, especialistas em mídias sociais e em tecnologias de comunicação, agentes administrativos e estagiários de diversos cursos. Uma equipe que ele mesmo considerava top entre as universidades federais brasileiras.

Uma equipe que preza contar os dois lados da mesma história, o contraditório do jornalismo responsável, aquele ao qual Luiz Carlos Cancellier de Olivo não teve direito para defesa.

Ao exercer a difícil tarefa de também noticiar o trágico falecimento do reitor Cancellier, os profissionais da Agecom agradecem o apoio institucional recebido durante sua gestão.

Equipe da Agência de Comunicação da UFSC/Agecom