Agecom apresenta nova marca da Biblioteca Universitária

23/11/2018 16:00

Nesta quinta-feira, 22 de novembro, no evento em comemoração aos 50 anos da Biblioteca Universitária (BU/UFSC), a coordenadora de Design e Programação Visual da Agência de Comunicação (CDPV/Agecom), Audrey Schmitz Schveitzer, apresentou a nova marca gráfica da Biblioteca. Os servidores puderam acompanhar no auditório Elke Hering o processo de criação que tomou como base o trabalho conceitual desenvolvido pelo Laboratório de Orientação da Gênese Organizacional (Logo), ligado ao curso de Design da Universidade. Além disso, buscou relacionar a nova marca tanto com a anterior como com a Identidade Visual da instituição, potencializando assim a sua identificação com os servidores e os usuários do setor.

O desenvolvimento do projeto ocorreu a partir de reuniões, intercaladas com rodadas de criação, com a Comissão de Comunicação da BU e com os participantes do Logo, a fim de apresentar o andamento do projeto e trocar impressões sobre as alternativas geradas. O intuito da Agecom foi tornar o processo participativo do início ao fim.

Audrey explica que a nova marca gráfica da Biblioteca Universitária faz referência à anterior no uso da composição com estrutura quadrangular, assim como dos pontos circulares. Os tons azul e amarelo, também utilizados na antiga, remetem às cores institucionais da Universidade que são utilizadas com maior frequência. A tipografia utilizada, sem serifa, visa à neutralidade e à versatilidade, possibilitando sua aplicação nos mais diversos tipos de materiais gráficos, sejam eles impressos ou digitais. A família tipográfica escolhida (Cabin) é de uso livre, fator importante para um setor público, já que ela pode ser redistribuída, modificada, copiada, estudada, combinada ou incluída em softwares e suportes diversos.

A estrutura visual do novo símbolo tem como base uma forma quadrangular. Dois eixos diagonais atravessam a estrutura e são formados pela abstração de dois livros abertos, vistos de cima. A área de intersecção entre os “livros” formam outras formas quadrangulares, que também possuem dois eixos diagonais formados pela relação entre dois vértices de ângulo reto e dois vértices curvos.

A repetição da forma dos livros, que se entrelaçam, faz referência também a um abraço, a pessoas com as mãos dadas ou a pessoas ao redor de uma mesa. O “abraço” circunscreve uma outra forma quadrangular, ao centro da composição, com quatro vértices de ângulo reto. Essa forma se repete, se expande e se transforma, inicialmente em duas duplas de quadrados com dois ângulos retos e dois curvos, diferenciadas por sua dimensão. Posteriormente, dois desses quadrados se transformam em dois círculos. O espaço negativo cria a ilusão de linhas dinâmicas que transitam ao redor das formas quadrangulares e as conectam, dando a elas mais dinamicidade e coesão. Tais linhas remetem ao trabalho dos bibliotecários e à função das bibliotecas, no sentido de conectar os diversos usuários e fontes, facilitando o acesso à informação.

A cor dos elementos reforça as relações entre eles, diferenciando as formas amarelas dispostas nos eixos diagonais daquelas azuis que definem a estrutura básica da composição. O amarelo, cor tradicionalmente ligada à alegria, expansão, calor e dinamicidade, está presente na forma quadrangular central e nos elementos que dela derivam, potencializando o sentido de expansão, dinâmica e criatividade. O azul, ligado a conceitos de tranquilidade, segurança e seriedade, reforça a estrutura básica da composição, dando a ela estabilidade.

A composição busca, assim, traduzir os conceitos do DNA da marca: a estrutura básica quadrangular da composição, a repetição de formas quadrangulares, a simetria existente a partir do eixo diagonal ascendente, o alinhamento dos elementos e a cor azul se relacionam ao conceito de consistência; o uso de formas quadrangulares, retangulares e circulares, com dimensões variadas, se relaciona ao conceito de pluralidade; as linhas dinâmicas formadas pelo espaço negativo remetem ao conceito facilitador, pois transitam entre os elementos gráficos, criam relações entre eles e possibilitam sua integração, de maneira orgânica e acessível, pois não fecham a composição e a conectam com o espaço exterior; o conceito de “referência” se relaciona à composição convergente que direciona o olhar inicialmente para o centro da composição, ao ponto amarelo que posteriormente se expande, semelhante a uma estrela que pulsa, brilha e orienta. Por fim, o conceito de acolhimento se dá a partir das formas azuis que definem a estrutura básica, abraçam o ponto central e conectam os pontos diagonais.

A nova marca gráfica da BU remete a uma organização de caráter coletivo, formada por diversas partes que, embora diferentes entre si, se conectam, se relacionam, pulsam, criam, se adaptam e se transformam, mantendo, ainda, o sentido agregador, de grupo, inclusivo, conectado e coeso.